Pastoral da Catequese

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Histórico na paróquia 

Na década de 70, a catequese era dirigida pelo Padre Fernando Goda, com um grupo formado por aproximadamente 13 catequistas, todos unidos pelas orações e ações. Em 1980 havia muitas crianças na catequese, época em que os pais a procuravam para seus filhos. Mesmo com poucos catequistas, as comunidades estavam em construção, sem lugares próprios para a realização da catequese. Havia poucas formações, mas todos contavam sempre com a graça de Deus.

Naquela época, as crianças eram preparadas nas comunidades, que tinham muitas dificuldades, desde espaço até material catequético. Por conta disso, a Primeira Eucaristia era feita na Igreja Matriz. Falar de Catequese naquela época era como falar de Deus agindo na história da Igreja e da comunidade. O Padre Fernando era o nosso formador e orientador. Nossas reuniões eram mensais e o pároco fazia questão de visitar toda a semana o encontro das catequistas, conversando com as crianças e reforçando a importância do Sacramento da Eucaristia. 

Bastante atuante, Padre Fernando considerava a catequese o centro da Igreja e procurava sempre estar presente na vida das catequistas e das famílias das crianças. Sabíamos que podíamos contar sempre com ele e este amparo nos fortalecia. Já havia, naquela época, projetos para a construção das salas. Enquanto isso, nossos encontros aconteciam nos fundos da igreja, em barracos improvisados, cobertos muitas vezes por ramos de chuchu. Enfrentávamos o frio e a chuva. Apesar das dificuldades, não tínhamos faltas por parte das crianças. Nossos encontros eram regados por muita alegria. O entusiasmo era contagiante. 

A catequese daqueles tempos era anual e tínhamos uma preparação intensa e riquíssima, com a participação das famílias que ajudavam sempre com muita dedicação, quando solicitadas.

O objetivo e o foco principal da Catequese eram, sem dúvida nenhuma, a criança e a família. Quando, por algum motivo de força maior, alguma criança era impedida de vir ao encontro as catequistas levavam o encontro até ela em sua casa, para que não sofresse prejuízos com a sua ausência.

A 20 de novembro de 1982, Padre Fernando Godat partiu para a casa do Pai, vindo, então, para a paróquia, o Padre Luis Girotti.

Com a chegada do Padre Luiz, a catequese e toda comunidade continuaram sendo novamente amparadas. Fomos, na ocasião, muito elogiados pelo Padre Luiz. Porém, infelizmente, a permanência do Padre Luiz foi temporária, mas todos aprendemos muito com ele, principalmente a humildade.

Ainda nos anos 80, chega à nossa paróquia o Padre Djalma e, com ele houve uma reestruturação na comunidade, criando-se várias pastorais, trabalhos e inclusive a tão sonhada construção das salas e reforma de nossa paróquia.

Quando o Padre Djalma chegou, ele viu a necessidade de formação para os catequistas e trouxe, para esse fim, a Irmã Vilma da Congregação Filhas de São José. Naquela época, tínhamos formações a cada quinze dias na Capela São Jorge. Todas as catequistas das comunidades e da Matriz participavam. A Irmã Vilma nos ajudou muito, pois naquela época surgiu a Catequese Renovada, que nos mostrou uma visão da família agregada às catequistas e catequizados. Chamava-se “Catequese Renovada – Fé e Vida”.

Com as orientações da Irmã Vilma, as catequistas ensinavam as crianças sobre o conhecimento da vida de Jesus, bem como a nossa vida em comunidade. Tivemos, também, várias outras irmãs que nos ajudavam a preparar os encontros. Elas vinham da Congregação da Ave Maria. Isso nos ajudou muito, tínhamos reunião na Cúria para tirar nossas dúvidas. Por meio dessas formações, a catequese passou a caminhar com menos dificuldades e um aprendizado com muito amor às causas de Jesus e conhecimento do Antigo Testamento. Oração e Vida era nossa meta na vida em comunidade e na vida diária. 

Algum tempo depois, passamos as formações para a Matriz da Paróquia Nossa Senhora do Paraíso, onde já havia espaço adequado e agora com a ajuda da Irmã Lurdes, que muito contribuiu para a catequese, com muita formação, criatividade e espiritualidade. Naquela época, as comunidades já tinham suas capelas e tudo começou a ficar mais fácil. 

Foi criado o “Movimento da Perseverança” e, assim, as crianças que já tinham feito a Primeira Eucaristia puderam dar continuidade na sua formação religiosa na comunidade. Naquele momento, a Missa das Crianças da Paróquia Nossa Senhora do Paraíso passou a ter grande repercussão na cidade. A Catequese começou a crescer e, em alguns momentos, fomos obrigados a recusar inscrições, apesar do número de catequistas ter dobrado.

O Padre Djalma trouxe para a Pastoral, a irmã Lourdes, grande formadora espiritual, que contribuiu muito para a nossa formação. Tínhamos vários retiros, passeios, gincanas. Os encontros de catequistas aconteciam semanalmente. Cada semana em uma comunidade (Paraíso, São Jorge e São Francisco). Nos anos 90, com a saída do Padre Djalma, chega o Padre Humberto. Com ele, tivemos um grande apoio, pois acompanhava muito de perto a Pastoral. Como havia possibilidades e as formações eram ministradas por ele, a partir daí começamos a ter uma preocupação maior com os pais. Começamos, então, os Encontros de Pais, nos quais havia muita participação das famílias.

Padre Humberto colocou-se bastante prestativo e participativo na catequese e trouxe para acrescentar na nossa equipe, a Irmã Izabel, que também foi uma excelente formadora e guia espiritual. A professora Lúcia assumiu a Perseverança. O Coral das Crianças ganha destaque na comunidade e na cidade. Fomos convidados por várias vezes para animar missas em diversas paróquias, inclusive em Missa de Crisma.

Com a vinda do Padre Vanderlei Ribeiro, a Catequese criou uma força maior. Ele criou um grupo de crianças de Pré Catequese, no qual a criança ia se preparando em oração e amor.  Padre Vanderlei deu continuidade às formações das catequistas, uma vez por mês e foram intensificadas as formações dos pais, agora com a ajuda da Pastoral Familiar.