Nossa história, iniciada na segunda metade do século XX, anos 50, aconteceu numa época em que fatos importantes, em nossa região, no Brasil e no mundo, estavam se desenrolando. É importante nos colocarmos neste contexto, para melhor entendermos os planos do Senhor, ao estimular nas mentes e corações dos pioneiros fundadores deste projeto, o desejo e a vontade de aqui criar esta Casa de Deus.

O mundo vivia a época da Guerra Fria. Terminada a 2ª Guerra Mundial entre a União Soviética (URSS) e os Estados Unidos, dividido entre o capitalismo e o comunismo.  A corrida armamentista e tecnológica gerou o temor internacional de Guerra Nuclear e também o início da disputa espacial, com o lançamento de satélites pelos russos e americanos.

O Brasil passava de economia agrária, para o desenvolvimento industrial, florescendo a vida urbana. Em crescimento, nos aspectos político, econômico e cultural, porém, com altos investimentos, provocou o endividamento do País. Destaque da época, o desenvolvimento da indústria automobilística e a construção de Brasília, a nova capital do Brasil, no Planalto Central.

A Região do ABC tornou-se símbolo do desenvolvimento econômico,com a indústria automobilística. Santo André festejava seu quarto centenário, em 1953. A periferia passou por forte aumento populacional: estrangeiros e migrantes, em busca de trabalho e melhores condições de vida. Uma fase de crescimento econômico extraordinário, levando ao desenvolvimento urbano, social e cultural.

 A Igreja Católica viveu também momento histórico, com a criação da Diocese de Santo André, em 1954, sendo nomeado D. Jorge Marcos de Oliveira, de saudosa memória, nosso primeiro Bispo Diocesano.

Enquanto isto, em 1953, no Bairro Paraíso… depoimentos de antigos paroquianos:

Maria de Lourdes Aznar Sanchez: “Logo no início, as aulas de Catecismo eram ministradas numa casa da R. Gamboa, por duas senhoras que pertenciam à Matriz de Santo André. As pessoas se organizavam e rezavam o terço nas casas; muitas não cabiam, ficando parte delas nas ruas. Nos reuníamos na casa do Sr. Pedro e d. Maria, pais da Fidalma, para ensaiarmos cantos para a “Coroação de Nossa Senhora.”

Tereza Sandre: “Nossas Missas eram realizadas no antigo cinema, que ficava na Rua Jabaquara. Recordo das procissões que fazíamos, quando a imagem de Nossa Senhora era colocada numa carriola de pedreiros.”

Acompanhe a história da nossa paróquia a cada década.